Symposium
A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA NATURAL PARA A HERPETOLOGIA
A descrição da história natural das espécies tem formado a base do conhecimento sobre a biodiversidade desde Aristóteles e Plínio, o Velho. De fato, informações sobre a biologia das espécies têm sido os elementos básicos essenciais para estudos em várias áreas do conhecimento biológico, incluindo zoologia, botânica, ecologia, fisiologia, biogeografia, biologia evolutiva e conservação. Entretanto, nas últimas décadas, muitas vezes os estudos básicos de história natural têm sido menosprezados frente às abordagens mais recentes, que envolvem sofisticadas técnicas de laboratório e análises de dados. Isso tem desestimulado a realização de estudos básicos de história natural, o que pode levar a uma escassez de informações básicas essenciais para vários outros estudos, dificultando a obtenção de financiamento para pesquisa e de bolsas de estudo por parte de pesquisadores e estudantes. Nesse contexto, este simpósio tem como objetivo mostrar a importância dos dados de história natural por si só e para a realização de estudos em diversas áreas, como a ecologia, a biogeografia, a biologia evolutiva e a conservação. Ao final das apresentações, serão discutidas ações visando a valorização dos estudos de história natural, especialmente pela conscientização dos mais diversos públicos sobre a importância desses estudos.
Palestra: A história natural no estudo de serpentes
Participante: Otavio Augusto Vuolo Marques – Instituto Butantan
Palestra: A história natural em estudos de ecologia de comunidades de anfíbios
Participante: Denise Rossa-Feres
Palestra: A história natural em estudos sobre evolução de modos reprodutivos em anfíbios
Participante: Cynthia Prado
Palestra: História natural e macroevolução em répteis e anfíbios
Participação: Laura R. V. Alencar
Palestra: A importância da história natural na avaliação do estado de conservação e na elaboração de ações de conservação de anfíbios e répteis
Participante: Marcio Martins
O MONITORAMENTO ACÚSTICO PASSIVO COMO FERRAMENTA PARA ESTUDO DE ANUROS
Os dispositivos autônomos de gravação de sons utilizados para monitoramento acústico passivo (MAP) são definidos como sistemas eletrônicos de registro que adquirem e armazenam dados acústicos. Estes equipamentos podem ser implantados debaixo d’água ou em ambientes terrestres e captar sons de uma paisagem acústica continuamente por vários dias. Atualmente, também é possível acessar os dados acústicos por satélite através de um computador ou mesmo do celular. Desta forma, estes dispositivos representam uma valiosa ferramenta para o estudo da comunicação vocal de espécies e de interações entre as comunidades de animais. Equipamentos de MAP podem ser utilizados também para avaliar o impacto do ruído proveniente de atividades antrópicas por exemplo, tráfego de veículos, aeroportos, estradas, mineração, sobre a comunicação acústica dos animais e propor estratégias de mitigação. Através deste simpósio, pretendemos contribuir com discussões sobre o uso do MAP para estudos em anuros. O objetivo deste simpósio é apresentar o monitoramento acústico passivo como um método importante e inovador para estudos em ecologia, comportamento e conservação de anuros. O simpósio será divido em cinco palestras sobre os seguintes temas: 1- Sons da natureza: novos métodos para o monitoramento da biodiversidade; 2- Monitoramento Acústico Passivo como ferramenta para estudos de anuros da Serra do Espinhaço; 3 – Monitoramento Acústico Passivo de anuros em ambientes terrestres; 4 – Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Ecologia, Evolução e Conservação da Biodiversidade (EECBio): uma proposta de monitoramento acústico em larga escala; 5 – título a definir.
Palestra: Novos métodos para o monitoramento da biodiversidade
Participação: Luciana Barreto Nascimento – Pontifícia Universidade católica de Minas Gerais
Palestra: Monitoramento Acústico Passivo como ferramenta para estudos de anuros da Serra do Espinhaço
Participação: Marina Henriques Lage Duarte – Pontifícia Universidade católica de Minas Gerais
Palestra: Monitoramento acústico passivo de anuros em ambientes terrestres
Participação: Larissa Sayuri Moreira Sugai – Universidade Estadual Paulista
Palestra: Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Ecologia, Evolução e Conservação da Biodiversidade (EECBio): uma proposta de monitoramento acústico em larga escala
Participação: Rogério Pereira Bastos – Universidade Federal de Goiás
Palestra: Impacto das mudanças climáticas nos anuros: estudos baseados em Monitoramento Acústico Passivo
Participação: Diego Llusia – Universidad Autônoma de Madrid
CONSERVAÇÃO DE QUELÔNIOS CONTINENTAIS BRASILEIROS
Os quelônios (Testudines) possuem relevante importância ecológica e socioeconômica, sendo parte indissociável da cultura de povos tradicionais em algumas regiões do Brasil. Portanto, algumas perguntas – como: Qual o estado atual de conservação e dos trabalhos de pesquisa para os quelônios brasileiros? Quais herpetólogos iniciaram os trabalhos com quelônios no Brasil? Como o avanço da ciência forneceu subsídios para práticas de conservação e manejo de quelônios? Quais as demandas em termos de pesquisas científicas para esse grupo dos répteis? – devem ser levantadas e contestadas com o intuito de elucidar o status desses répteis para o nosso país. Nesse contexto, o simpósio possibilitará uma discussão ampla e transversal sobre os quelônios continentais brasileiros, apresentando o estado da arte sobre as pesquisas e as ações de conservação e manejo envolvendo essas espécies. A situação atual e as perspectivas futuras sobre os quelônios serão tratadas para cada região do país, com uma abordagem diversificada em relação aos estudos que estão sendo conduzidos, sobre as problemáticas e dificuldades encontradas pelos pesquisadores, as tendências para o futuro da ciência e a opinião do órgão ambiental federal competente em relação a esse importante grupo dos répteis.
Palestra: Conservação de quelônios amazônicos: rápida avaliação e desafios atuais
Participação: Rafael Antônio Machado Balestra – RAN/ICMBio
Palestra: Conservação de quelônios amazônicos: rápida avaliação e desafios atuais
Participação: Franco Leandro de Souza – UFMS
Palestra: Conservação e perspectivas futuras sobre os quelônios continentais brasileiros: região Sudeste
Participação: Flavio de Barros Molina – Museu de Zoologia da USP
Palestra: Conservação e perspectivas futuras sobre os quelônios continentais brasileiros: região Sul
Participação: Raíssa Fries Bressan – UFRGS
Palestra: Conservação e perspectivas futuras sobre os quelônios continentais brasileiros: região Nordeste
Participação: a definir
Palestra: Investigação, manejo e conservação de quelônios continentais brasileiros: um breve histórico e o papel do jovem pesquisador nesse contexto
Participação: Thiago Costa Gonçalves Portelinha – UFT
INTEGRANDO HERPETOLOGIA E PARASITOLOGIA: PERSPECTIVAS E USO DE MÉTODOS DE CAMPO E LABORATÓRIO PARA O ESTUDO DAS INTERAÇÕES OCULTAS EM ANFÍBIOS E RÉPTEIS
Experimentamos uma grande mudança de paradigma no conhecimento da biodiversidade, transcendendo os estudos puramente descritivos em direção a uma perspectiva funcional com diferentes facetas da diversidade de organismos. A inclusão de parasitos em inventários básicos de biodiversidade fornece informações substancialmente maiores do que o estudo de organismos de vida livre sozinhos. A acurada identificação de hospedeiros e parasitos pode resultar em valiosas informações sobre as relações evolutivas, distribuição geográfica e dinâmica da associação. A combinação de avanços técnicos, dados empíricos e técnicas analíticas propicia uma forte abordagem integradora, através da qual o estudo de parasitos de anfíbios e répteis pode contribuir de maneira efetiva tanto para revelar a biodiversidade quanto para evitar sua perda. Essas abordagens revelam informações importantes sobre o habitat do hospedeiro, modo de forrageio, comportamento e fisiologia, biologia reprodutiva, e também fornece boas intuições sobre as interações tróficas e filogeografia. É importante o desenvolvimento de protocolos proativos para monitoramento de alterações nas comunidades parasitárias, doenças e estrutura dos ecossistemas, como meio de detectar potenciais doenças emergentes. A biologia molecular contribuiu para a atual mudança de paradigma, mas também exigiu alguns ajustes em nossas metodologias tradicionais. Aqui, apresentaremos um guia prático para a coleta de dados parasitológicos de anfíbios e répteis. Escrevemos especialmente para aqueles que pretendem incluir dados parasitológicos em sua amostragem, para herpetologistas e naturalistas que já colaboram com parasitologistas, e também para aqueles que aspiram a seguir uma carreira de pesquisa com parasitos de anfíbios e répteis.
Palestra: Redes ecológicas: ligando os pontos entre herpetologia e parasitologia
Participação: Karla Campião – UFPR
Palestra: Herpetoparasitologia na Amazônia, atualidades, perspectivas e desafios
Participação: Drausio Honorio Morais – UFRA
Palestra: A diversidade escondida de hemoparasitos em lagartos da Amazônia Central
Participação: Amanda Maria Picelli – UFAM
Palestra: Diversidade de nematóides da família Rhabdiasidae parasitos de anfíbios e répteis da Amazônia brasileira
Participação: Francisco Tiago de Vasconcelos Melo – UFPA
Palestra: Larvas causadoras de miíases em anuros: uma curiosa interação parasitóide-hospedeiro
Participação: Franciele Cristina de Souza – INPA
Palestra: Revelando os componentes ocultos da Biodiversidade: um guia prático para coletar e processar parasitos de anfíbios e répteis
Participação: Fabrício Oda – Urca
A HERPETOLOGIA E A CONSULTORIA AMBIENTAL: TENDÊNCIAS ATUAIS E FUTURAS
A participação do Herpetólogo em estudos de Consultoria Ambiental nos diferentes tipos de empreendimentos impactantes é um tema atual e polêmico que perfaz aspectos técnicos, formativos e éticos. Buscar-se-á, com este simpósio, discutir a Herpetologia no âmbito dos trabalhos de consultoria ambiental mediante temas relacionados aos aspectos éticos, à participação do Herpetólogo na tomada de decisões, à coleta de material biológico, aos protocolos e padronização de amostragens, à avaliação dos impactos, ao aproveitamento científico dos dados, à confidencialidade do dados gerados, às políticas públicas para Conservação da Biodiversidade dentre outros temas relacionados.
Palestra: Academia x Consultoria Ambiental: uma parceria possível?
Participação: Wilian Vaz Silva – Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUCGO
Palestra: Conflitos éticos e ideológicos na Consultoria Ambiental
Participação: Sergio Augusto Abrahão Morato – Universidade Federal do Paraná – UFPR/ STCP Engenharia de Projetos Ltda.
Palestra: a definir
Participação: João Luiz Gasparini – Universidade Federal do Espírito Santo – UFES
Palestra: O Monitoramento da Herpetofauna em Consultorias Ambientais: os dados gerados são uteis para avaliar impacto ou conservação da diversidade?
Participação: Albertina Pimentel Lima – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
Palestra: Avaliações de impactos: aspectos espaciais, temporais e políticos
Participação: William E. Magnusson – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
Palestra: Repensando a avaliação de impactos ambientais: que lições estamos aprendendo com o desastre do rio Doce?
Participação: Bruno Pimenta – Fundação Renova
ECOIMUNOLOGIA: INTEGRANDO ESTRESSE E SISTEMA IMUNE
A Ecoimunologia ou Imunologia Ecológica busca entender os fatores extrínsecos e intrínsecos que promovem alterações no sistema imune e como essas alterações contribuem para a susceptibilidade a doenças, através de estudos conduzidos tanto em campo quanto em laboratório, utilizando uma grande diversidade de espécies animais. Desta forma, podemos definir a Ecoimunologia resumidamente como sendo um campo de pesquisa novo e interdisciplinar que examina as interações entre a fisiologia do hospedeiro (por exemplo, a função imune) e a ecologia das doenças (por exemplo, a prevalência de patógenos) em diversos contextos ambientais relevantes, sendo um dos seus principais objetivos verificar se a diversidade encontrada no sistema imune está relacionada a diferenças nos fatores ecológicos e evolutivos dentro e entre as espécies. Vale a pena destacar, que o sistema imune, está sujeito à modulação por hormônios esteroides, principalmente os glicocorticoides, que são hormônios produzidos pelas glândulas adrenais ou inter-renais, sendo liberados em resposta a diferentes estressores em todos os grupos de vertebrados. Estes hormônios modulam a resposta imune de forma complexa, apresentando tanto efeitos imunossupressores como imuno-estimuladores, tendo seus efeitos bimodais associados com a variação na duração e intensidade da resposta ao estressor. Considerando essas complexas inter-relações entre o sistema imune e os glicocorticoides, vamos apresentar resultados mostrando como estes hormônios podem modular o sistema imune a curto e longo prazo, em diferentes condições, incluindo contextos de desidratação e variação sazonal, com experimentos conduzidos tanto em campo quanto em laboratório, abordando diferentes aspectos da resposta imune.
Palestra: Efeitos imuno-estimuladores de estressores agudos em sapos do gênero Rhinella
Participante: Vania Regina de Assis – Departamento de Fisiologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, SP/Brasil
Palestra: Relações entre a resposta imune, corticosterona e testosterona em anuros Brasileiros sob condições de estresse crônico
Participação: Stefanny Christie Monteiro Titon – Departamento de Fisiologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, SP/Brasil
Palestra: Estresse crônico e seus efeitos sobre a imunidade inata da pele nos anuros
Participação: Faride Lamadrid-Feris – Departamento de Fisiologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, SP/Brasil
Palestra: Variação sazonal de hormônios esteroides e imunidade em vertebrados ectotermos
Participação: Carla B. Madelaire – Universidade de São Paulo, Universidade Estadual Paulista – Campus Jaboticabal, Northern Arizona University
Palestra: Estresse de desidratação em sapos
Participante: Adriana Maria Giorgi Barsotti – Departamento de Fisiologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, SP/Brasil
PLANOS DE AÇÃO PARA A CONSERVAÇÃO DA HERPETOFAUNA: ONDE OCORREM, QUEM PROTEGEM E COMO PARTICIPAR
O Brasil, como signatário da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), assumiu o compromisso internacional de atuar para a conservação da biodiversidade ratificando o Plano Estratégico de Biodiversidade de 2011 a 2020 e as Metas de Aichi. Este compromisso foi nacionalmente recepcionado por meio da Comissão Nacional de Biodiversidade (CONABIO) de 06 de 09 de 2013, que estabeleceu 20 metas para a biodiversidade a serem atingidas até 2020. Entre estas metas está a nº 12, que estabelece que “Até 2020, o risco de extinção de espécies ameaçadas terá sido reduzido, e sua situação de conservação, em especial daquelas sofrendo maior declínio, terá sido melhorada“. Para implementação dessa estratégia nacional para a proteção da fauna brasileira o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, estabeleceu os processos de Avaliação do Estado de Conservação da Fauna Brasileira e de Elaboração e Implementação de Planos de Ação Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (PAN). Os PANs permitem a execução de ações com vistas a reverter ou mitigar as ameaças as quais as 1.173 espécies em risco de extinção estão submetidas. Os PANs são ferramentas de gestão pactuadas com a sociedade civil, organizações não-governamentais, academia e o poder público, atuando em ações locais e regionais sobre as ameaças que a levam ao alto risco de extinção, propondo ações para manutenção de populações viáveis na natureza. Neste Simpósio, iremos apresentar à comunidade herpetológica em quais regiões os PANs atuam, quais espécies são alvo e como alunos, estudantes e pesquisadores podem participar.
Palestra: Ações do Governo Federal para Conservação de Espécies Ameaçadas: Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Répteis e Anfíbios Ameaçados de Extinção
Participação: Msc Vera Lúcia Ferreira Luz – Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN-ICMBio, MMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
Palestra: Plano de Ação Nacional para Conservação dos Anfíbios e Répteis Ameaçados de Extinção da Região Sul do Brasil
Participação: Dr. Márcio Borges-Martins – Laboratório de Herpetologia, Departamento de Zoologia, Programa de Pós-graduação em Biologia animal, Instituto de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Palestra: Plano de Ação Nacional para Conservação da Herpetofauna Ameaçada de Extinção da Mata Atlântica da Região Sudeste do Brasil
Participação: Rafael Martins Valadão – Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Réteis e Anfíbios (RAN-ICMBio_MMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
Palestra: Plano de Ação Nacional para Conservação da Herpetofauna do Nordeste do Brasil
Participação: Dr. Geraldo Jorge Barbosa de Moura – Laboratório de Estudos Herpetológicos e Paleoherpetológicos, Área de Zoologia, Departamento de Biologia, Universidade Federal Rural de Pernambuco
Palestra: CERPAN – Plano de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção da Ictiofauna, Herpetofauna e Primatas do Cerrado e Pantanal
Participação: Dr. Iberê Farina Machado – Instituto Boitatá de Etnobiologia e Conservação da Fauna
HERPETOFAUNA EXÓTICA E INVASORA NO BRASIL
Na última década, vem aumentando os relatos de espécies exóticas de répteis e anfíbios encontradas em diferentes partes do Brasil. Algumas destas espécies como Eleutherodacthylus johnstonei e Lithobates catesbeianus são consideradas invasoras por manterem populações reproduzindo por muitas gerações. No entanto, a maioria é ainda considerada apenas exótica pela ausência de conhecimento suficiente sobre a possível colonização das populações. Das espécies invasoras/exóticas no Brasil, a rã-touro aparentemente é a mais antiga e mais conhecida; embora ainda há muito por saber. Neste simpósio, pretendemos apresentar estudos sobres espécies exóticas/invasoras pouco conhecidas no Brasil, além de apresentar uma previsão sobre prováveis problemas futuros causados por estas espécies. Não é alarde ou sensacionalismo prevemos muitos problemas com espécies invasoras ocorrerão nos próximos anos e devemos estar preparados para conhecer não apenas os ajustes ecológicos das populações nas novas áreas bem como estratégias de controle e erradicação. Para isto devemos conhecer também a legislação que envolver espécies exóticas e invasoras no Brasil.
Palestra: Conceitos importantes para o entendimento da biologia da invasão e o conhecimento atual de uma população invasora de Eleuhterodactylus jonhstonei no Brasil
Participação: Cinthia Aguirre Brasileiro – UNIFESP – Campus de Diadema
Palestra: Herpetofauna exótica e invasora em um país megadiverso: Um panorama do cenário brasileiro
Participação: Érica Fonseca – Programa de Pós Graduação em Biodiversidade Animal, Universidade Federal de Santa Maria
Palestra: Lagartos invasores no Brasil
Palestrante: Carlos Abrahão, Ricardo Dias. Analista ambiental – RAN/ICMBio, doutorando em epidemiologia veterinária – VPS/FMVZ/USP
Palestra: Todos estão tocando os sinos, mas por que o Brasil ainda não foi completamente invadido?
Palestrante: Mirco Solé – Universidade Estadual de Santa Cruz (Ilhéus, Bahia) e Zoologisches Forschungsmuseum Alexander Koenig (Bonn, Alemanha)
Palestra: Modelando o potencial de invasão dos anfíbios exóticos: como as variáveis ambientais derivadas de sensores remotos podem auxiliar nisso?
Palestrante: João G. R. Giovanelli – Laboratório de Herpetologia, Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências da UNESP – Rio Claro
Palestra: Arcabouço legal e iniciativas em políticas públicas voltadas para o manejo de espécies exóticas invasoras
Participação: Camilia Matias – Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo
ANUROS DAS SERRAS DO LESTE DO BRASIL: DIVERSIDADE, BIOGEOGRAFIA E CONSERVAÇÃO
Cerca de um décimo da superfície terrestre é coberta por montanhas, serras e cordilheiras, excetuando-se a Antártida. Estas formações geológicas que se elevam a partir do nível do mar até mais de 8.000 m de altitude, são responsáveis por abrigar mais de um terço da biodiversidade do planeta. Estas barreiras naturais influenciam desde processos climáticos até biológicos como a diversificação de espécies. Além disso, o relevo acidentado provoca alterações nas biotas em diferentes escalas em consequência de gradientes ambientais, altitudinais e climáticos. Na América do Sul, os conjuntos de montanhas conhecidos como Terras Altas Brasileiras, englobam uma série de regiões montanhosas no Leste do Brasil. Localizadas em porções das regiões sul, sudeste e nordeste, estas serras registram uma rica biodiversidade, resultado de grandes variações na topografia e vegetação, com endemismos elevados para os mais variados grupos de plantas e animais. Dentre estes, os anfíbios anuros estão fortemente associados a essas regiões montanhosas, e figuram entre os vertebrados mais ameaçados do mundo. Contudo, tais complexos serranos raramente são estudados de forma exclusiva e em detalhes, e abordagens baseadas em dados precisos e atualizados sobre a distribuição e taxonomia das espécies são escassos. Aqui, apresentamos pela primeira vez um panorama sobre os anuros de três dos principais complexos serranos do Leste brasileiro: Serra do Mar, Serra da Mantiqueira e Serra do Espinhaço, baseado em dados refinados e obtidos em diferentes fontes. Destacamos os avanços e descobertas mais recentes em relação a seus níveis de diversidade de espécies, endemismo, biogeografia e conservação.
Palestra: Anuros da Serra do Mar
Participação: Leo Ramos Malagoli – Departamento de Zoologia e Centro de Aquicultura (CAUNESP), Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro, São Paulo, Brasil
Palestra: Anuros da Serra da Mantiqueira
Participações: Emanuel Teixeira da Silva – Centro Universitário de Caratinga, Caratinga, Minas Gerais, Brasil; e Marco Antônio Amorim Peixoto – Laboratório de Paleontologia e Osteologia Comparada, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil
Palestra: Anuros da Serra do Espinhaço
Participação: Felipe Sá Fortes Leite – Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Viçosa, Florestal, Minas Gerais, Brasil
SISTEMÁTICA DE ANFÍBIOS
O objetivo deste simpósio é apresentar os principais estudos na Sistemática dos anfíbios feitos atualmente na América do Sul, especialmente no Brasil. Nele abordaremos a Sistemática das salamandras na primeira palestra. Representando Ranoidea, a segunda palestra falará sobre a complexa família Microhylidae. Já dentro de Hyloidea, uma palestra trará os Brachycephaloidea, representados pelo gênero Pristimantis. Em seguida abordaremos a família Hylidae, representada pelo problemático gênero Scinax. A quinta palestra tratará a Sistemática de Hylodidae. E, para finalizar o simpósio, abordaremos a evolução de caracteres morfológicos dentro de Anura, com ênfase na musculatura dos pés e das mãos.
Palestra: Sistemática de salamandras: O que nós diz o gênero mais diverso sob suas relações, diversidade e biogeografia
Participação: Andres Felipe Jaramillo – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
Palestra: Filogenia e evolução de Microhylidae, o que aprendemos desde o Amphibian Tree of Life de Frost et al. (2006)
Participação: Pedro Peloso – Universidade Federal do Pará (UFPA)
Palestra: Análise Filogenética de Pristimantis Jiménez de la Espada, 1870 e revisão dos grupos de espécie: caminhando para uma solução monofilética para um grupo megadiverso (Anura, Brachycephaloidea)
Participação: Mariane Targino e Taran Grant – Museu Nacional do Rio de Janeiro e Universidade de São Paulo
Palestra:Morfologia e moléculas na filogenia de Scinax (Anura: Hylidae)
Participação: Katyuscia Araujo-Vieira – Museo Argentino de Ciencias Naturales (MACN)
Palestra: Últimos avanços na sistemática das rãs-de-corredeira (Hylodidae, Anura)
Participação: Rachel Montesinos (1 e 2) e Taran Grant (1) – 1. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)e 2. Universidade de São Paulo (USP)
Palestra: Utilities of large phenotypic data matrices: an example from hand and foot musculature in Anura
Participação: Boris Blotto – Universidade de São Paulo (USP)